quarta-feira, 27 de agosto de 2008

cresce de novo.

Os cadernos embaixo da cama mofaram:
depois da enchente, não foram abertos.

A água secou, o cabelo cresceu,
as estantes acumularam livros.
Os cadernos continuam fechados.

Medo de ver os cadernos enrugadinhos,
se estirando no sol feito carne-seca
e eu me esticando
feito lagartixa
sem rabo, nem pé, nem cabeça.

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