quinta-feira, 29 de julho de 2010

poema quase funk

A unha cresce
A fruta apodrece
Ai se eu soubesse
O processo é esse

A gente amando
Não se aborrece
O tempo manda
a fila anda.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

passou

O dia passou

A noite alcansou

Cansou, insistiu

Pediu, perdeu

Resistiu, cegou
...
Matou e morreu ou

Nunca chegou?


Ou fui eu

Quem piscou?

vontade

O Dia Não
Passa A Tarde
Na Mão Passaros
Vão Voando
Sao Dois Esperando
A Luz Rouca
Mais Vale Estar
Só Do Que São
Três Da Tarde
O Dia Me Arde
Vontade Louca De
Grão em Grão
Mas Valerão Se
Esticar Sem Alarde
Uma Noite
Ao Alcance Da
Boca

domingo, 25 de julho de 2010

Aparição

Enxergo teu nome
Atravessado na pista
Trincado num sinal de pare,
Sinal de que engana a vista.

Teu nome,
Um grande trem
descarrilhando lentamente
a cada silaba
E a vogal nao mente
Enquanto a consoante
sibila intermitente.

Teu nome invadindo
Materias de jornal
Igual lembranças impressas
Na pressa do borrão

Não!
Apariçao mal quista, mal
Improvisada, Miope, usada.
Peça de memoria imprevista.
Caligrafia malvada! Danação!

No meio da neblina
No baralho das palavras
Na invençao confusa
das esquinas
Alucinando teu nome,
Homem.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Pergunta

Esquerda ou direita
Qual será a certa?
Na curva sem seta
que dúvida a espreita?

Esperta ou estreita?
Acorda ou se deita?
Embora ou espera?
Revolta ou aceita?

De dia ou de Noite?
Ficou ou ja foi-se?
Tem medo da vida
E também da foice...

Não sabe se casa
Ou se bicicleta
Segura ou deixa
se saber sem meta?

Incerta em desejo
Não sabe se o eixo
acertando o prumo
é tão linha reta.