quinta-feira, 31 de julho de 2008

mãos dadas

O mundo é cruel,
vamos embora.

Para onde as tardes
e os abraços não terminam

vamos caçar borboletas
em forma de livros
e correr um pique
onde os mocinhos-bandidos
estão travestidos de poetas.

vamos jogar videogame pelados
e jogar a vida fora
em ópio, e ócio e odes.

Vamos para onde se apontam
as histórias, as estrelas,
o pulso acelerado.
No máximo uma verruga,
uma sarda, uma marca
de nascença.

E o resto não conta.

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