Primavera.
Setembro chegou nublado
com um medo às portas.
De se perder
em amarelos pálidos
até empalidecer,
de não amanhecer
de jogar fora
de sonhar em fuga.
De ir ventando,
vela em vela,
o desejo sem vontade.
Sóbrio, raquítico
paralítico.
Faz frio.
As horas escapam
porque não há
quem as prenda.
Puxo o cobertor pacificamente.
Amanha, o dia
virá sem surpresas:
Setembro ou não Setembro
há sempre o tempo e o medo.
De não saber querer
à vontade.
Sem papas na língua,
sem papos.
Querer,
até perder
a linha
e o prumo
do poema.
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