E se eu gritasse,
Ôco,
Por entre os dedos
Da tua língua?
E se eu ficasse
Um pouco
Pelo que restava
um grão que fosse?
E se eu descobrisse
De repente
A tua caligrafia esquecida
No antigo caderno de telefones?
E se eu gozasse,
No riso,
O acaso das tuas pernas doces?
E se eu morresse,
Um sopro,
No desejo inconsciente de um sonho?
E se eu quebrasse as xícaras
Numa manhã estranha
E andasse reticente por calçadas de domingo?
E se eu fosse?
E se eu fodesse?
E se eu falhasse?
E se eu pudesse?
Estaria eu no subjuntivo dos verbos?
Acontecesse o que acontecesse.
Nada que não é nada
As vezes
Não é nada mesmo.
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