quarta-feira, 20 de outubro de 2010

para não

Para não
perder
se em
transe
abrace
a tontura

Para não voar,
na fissura
o chão

Para não
correr
o risco
da palavra
pura
mente
dura,

Para durar,
aprender o não.

Disfarce a flor
na doçura
de um alface.
puxe a cor
que toda superficie
costura

como gente
que em vão
não se esquece
para não
parar
o coração

Enlace.

Um comentário:

Impoesia sim disse...

Muito lindo este poema. Tudo nele tem um movimento que nos coloca ante nós e vai além.

Gostei muito!