Tem um lugar perdido
entre o céu
e o umbigo
Onde as árvores não crescem
mas à flor da pele,
algumas flores.
Um buraco negro
que me puxa pelo braço
e me prende, me rende
Um espaço
em que me perco
percorro em horas
de aperto e abraço.
Sítio em que o tempo não passa
estou morando lá, agora.
Na superfície branca e terna
(eterna)
entre a segunda vértebra
e a clavícula.
Fiz uma casinha
no vale das omoplatas
onde, à noite, tuas sardas,
brincam de iluminar as minhas.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
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